É uma vila e foi sede de concelho entre 1287 e o início do século XIX.

O território de Pavia foi povoado desde épocas pré-históricas, conforme o comprovam os numerosos monumentos megalíticos existentes na área.

As origens históricas do agregado populacional, o mais antigo do concelho de Mora, remontam a um núcleo de imigrantes italianos, fixados a instâncias de D. Afonso III ou de D. Dinis, tendo este último concedido em 1287 a primeira carta de foral.

A 16 de Março de 1486, foi cedida por D. João II ao Conde de Borba, com alcaidaria e direitos sucessórios. A vila de Pavia pertenceu, por doação, a vários nobres e à Coroa.


Processo de formação do núcleo habitacional

Do processo de formação de Pavia ressaltam duas fases de crescimento diferenciadas.

O núcleo medieval, caracterizado pela sua estrutura urbana em retículo dos anos 30, o qual, conforme o próprio nome indica, se desenvolveu de forma autónoma e excêntrica relativamente ao aglomerado existente.

A posição de defesa amuralhada, de difícil acesso a norte, sugere a origem feudal do futuro “burgo”. O desenvolvimento urbano linear ao longo do caminho em cumeada e a produção seriada das edificações traduzem um processo de formação e crescimento típico da Baixa Idade Média.

O parcelamento, os alinhamentos e a reprodução de um tipo de edificação em banda constituem um processo urbano que se traduz numa exploração intensiva do parcelamento urbano.

Pavia já foi sede de concelho.

A reforma administrativa da vila deu-se a 6 de Novembro de 1836, integrando em Pavia os extintos concelhos de Águias, Cabeção e Mora. Esta situação manteve-se até 17 de Abril de 1838, data em que a sede do concelho de Pavia passa para Mora.

A freguesia de Pavia é actualmente composta por duas povoações Pavia e Malarranha, com o nível de população a rondar os 1600 habitantes.

Uma vila tipicamente alentejana, encontrando-se já muito afastada do Ribatejo. Cercada de uma paisagem a perder de vista e onde se avistam pequenos pontos brancos, os típicos montes alentejanos, espalhados por entre sobreiros e azinheiras.

Nesta vila viveram duas ilustres personalidades: Fernando Namora, que, para além da profissão de médico que exerceu nesta terra, também escreveu sobre estas gentes e sobre as lindas paisagens que espreitam a vila de Pavia e deixou algumas das suas telas que retratam essas mesmas paisagens.

Um outro grande homem foi o pintor Manuel Ribeiro, que posteriormente adotou o nome da vila, ficando desta forma Manuel Ribeiro de Pavia. Deixou um museu com vários originais, que são visitados por inúmeras pessoas.

A vila de Pavia tem inúmeros registos megalíticos, sinónimo de antiguidade.

O agregado populacional de Pavia é o mais antigo do concelho.

Diz um velho prolóquio regional, que não se deve estar em Mora nem uma hora, em Cabeção nem um serão, e em Pavia nem um dia. Com tudo isto, ao que parece, se quis significar que das três vilas, Pavia seria a melhor.

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